Mortal Kombat: O filme (1995)
Quando falamos de algum filme baseado em jogos de vídeo-game, é praticamente impossível não lembrar do primeiro filme do Mortal Kombat, que apesar de já ser um pouco velhinho (1995) ele ainda é considerado por muitos - inclusive por mim - o melhor filme baseado de jogos até hoje e certamente, muito se deve a sua fidelidade com os fãs.
O filme não tenta complexar a história, é tão simples quanto é para quem joga o game pela primeira vez, os jovens guerreiros - ou escolhidos - precisam de tempos em tempos disputar um torneio cujo o destinado da terra fica em jogo, porém é preciso que os humanos percam dez desses torneios para que o reinado de Shao Kahn - Imperador de Outworld - e até então, o vilão máximo da terra, porém ele não se envolve nos torneios, sendo que então o responsável por gerir os guerreiros de Outworld é Shang Tsung, feiticeiro extremamente cruel, mestre em artes marciais e capaz de tudo para vencer o torneio mortal (Mortal Kombat).
O responsável por recrutar/escolher e treinar os humanos é Raiden, "O deus do trovão" um mago extremamente poderoso e respeitado, aparentemente o único de Outworld que realmente se importa com o mundo dos humanos ok, sem muitos spoilers se não vou longe aqui - e o filme se passa apenas dentro deste torneio e os eventos que o cercam, justamente por isso ele se adapta facilmente as telas e conquistou os fãs que já adoravam os jogos, tanto é que Mortal Kombat é considerado um sucesso de bilheteria ( Custou 20 milhões de dólares e arrecadou mais de 120 milhões, isso apenas falando de cinema. Vendas de VHS, material promocional, DVD e Blu-ray não estão adicionados a conta ) eram números impressionantes para um filmes baseado em jogo, que aliás, era muito menosprezado dentro da Warner, embora tivesse um elenco de qualidade, muitas dúvidas pairavam no estúdio, mas tudo deu certo e Mortal Kombat foi fundamental para demonstrar que existia espaço no cinema também para os jogos.
No filme você encontrava personagens - e roupas - que realmente lembravam os respectivos lutadores do jogo, você colocava os olhos e já sabia quem era aquele ou aquela, as lutas eram muito bem coreografadas, apenas uma ou outra não tinham o mesmo tratamento, mas no geral eram muito boas, especialmente pelo diretor Paul W. S. Anderson - sim, acredite se quiser - sabiamente pedir que alguns movimentos do jogo fossem incluídos nas cenas, o que foi de um acerto espetacular e deu ainda mais crédito a adaptação. A maioria dos efeitos eram bons para sua época - e para dentro do orçamento - alguns deixavam a desejar, mas nada apagava o brilho que o filme criou e sua atmosfera idêntica ao game, até mesmo as mudanças de cenários e o jogo de câmeras por vezes buscavam dar aos fãs a sensação de fantasiar um controle e poder movimentar os atores como se você estivesse no comando - Paul W. S. Anderson... Cadê esse brilhante diretor nos filmes de Resident Evil? - foram esses conjuntos de detalhes que acabaram colocando esse filme no coração de quase todo gamer.
Se você ainda não viu, ou acabou olhando uma vez e não teve uma boa impressão, recomendo que veja novamente, dê uma nova oportunidade. Com o passar dos anos a história dos jogos já foram muito além do esse filme pode mostrar, mas dentro do que existia na época, do conteúdo disponível, tudo foi muito bem utilizado, a única coisa que talvez você, assim como sente - ou vai ser sentir - falta é a violência, as lutas são boas, mas não são realmente vorazes como são nos jogos, mas acredito que não será isso que influenciara no seu gosto.
- Christopher Lambert (Raiden)
- Robin Shou (Liu Kang)
- Cary-Hiroyuki Tagawa (Shang Tsung)
- Linden Ashby (Johnny Cage)
- Bridgette Wilson (Sonia Blade)
- Talisa Soto (Kitana)
Óbvio que não poderia terminar essa pequena matéria sem postar a música tema do filme ;)
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